Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam com alta de 6,35%
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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registrou uma forte alta nos preços do milho ao fechar a sessão desta segunda-feira (24). Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,60 1/2 por bushel, com alta de 33,50 centavos de dólar, ou 6,35%.
Essa elevação nos preços do cereal foi impulsionada pelos ataques realizados pela Rússia à infraestrutura portuária ucraniana, o que pode afetar o fluxo de embarques na região do Mar Negro e interromper o fornecimento de grãos. O ataque ao Danúbio teve um impacto significativo, assim como os ataques a Odesa.
O Danúbio é a rota mais crucial para a exportação de grãos da Ucrânia. A busca por cargas no Mar Negro também caiu 35% devido à crescente incerteza em relação ao tráfego comercial na região.
Além disso, a alta do petróleo e as preocupações com o indicativo de calor e chuvas irregulares em parte do cinturão produtor dos Estados Unidos nesta semana também influenciaram positivamente as cotações do milho.
O mercado também analisou os números das inspeções de exportação norte-americanas de milho. Na semana encerrada em 20 de julho, as inspeções de exportação de milho dos Estados Unidos ficaram abaixo das expectativas do mercado, atingindo 309.981 toneladas, enquanto se esperava 425 mil toneladas.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,60 1/2 por bushel, com alta de 33,50 centavos de dólar, ou 6,35%, em relação ao fechamento anterior. A posição de dezembro também teve um avanço, fechando a sessão a US$ 5,68 1/4 por bushel, com alta de 32,00 centavos de dólar, ou 5,96%.
No mercado brasileiro, o dia foi de movimentos moderados. Consumidores e produtores adotaram uma postura cautelosa durante as negociações, e as atenções se voltam para o forte movimento dos futuros do milho na Bolsa de Chicago e para a paridade de exportação. As tensões entre Rússia e Ucrânia também causam apreensão no mercado mundial de trigo e milho, com expectativas de impacto nos preços de porto.
Fonte: AGÊNCIA SAFRAS, EDITADO POR GABRIEL AZEVEDO
Carregamento em caminhão — Foto: Reprodução do CanalRural